“Todo brasileiro consome transgênicos”, diz pesquisador da Embrapa Cerrados
O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, doutor Fabio Faleiro, desmistifica a atribuição negativa conferida historicamente aos produtos transgênicos e afirma que eles estão por toda parte

Quando o professor do Câmpus Formosa, Fabiano Paiva Vieira, afirmou na palestra Biotecnologia e Bioeconomia no Contexto do Agronegócio que “a Secitec começou com o pé direito”, ele não estava brincando. Foi um sucesso a primeira atividade do câmpus na Semana de Educação, Ciência e Tecnologia (Secitec) do Instituto Federal de Goiás (IFG), na manhã desta segunda-feira, 1º de fevereiro. Mais de 600 participantes receberam informações claras e precisas, por transmissão online, pelo canal Secitec IFG-CâmpusFormosa, do palestrante dr. Fabio Faleiro, sobre o funcionamento e as implicações das biotecnologias no agronegócio brasileiro.
A cidade de Formosa se localiza em uma região goiana voltada majoritariamente para a agropecuária. Daí a importância de se falar em biotecnologia e bioeconomia, já que as técnicas desenvolvidas podem ter grande contribuição para o agronegócio local. A bioeconomia é um modelo de produção baseado na substituição de recursos fósseis por recursos renováveis, visando à sustentabilidade. E isso é possível graças à tecnologia.
Doutor em Genética e Melhoramentos e pós-doutor em Genética e Biotecnologia pela Universidade da Flórida, Fabio Faleiro enfatizou que as plantas transgênicas trazem benefícios para a saúde humana, meio ambiente, agricultura e economia brasileira. “O produtor que planta uma soja transgênica resistente a lagartas não vai precisar utilizar os agrotóxicos para controlar esta lagarta, porque ele vai ter a resistência incorporada nas plantas transgênicas”, explicou. Menos agrotóxico, mais saúde.
“O agricultor brasileiro não usa mais agrotóxicos do que outro agricultor no mundo. Na verdade, a perspectiva que a gente tem é que use menos”, esclareceu o pesquisador Fabio Faleiro.
Para a agricultura, as novas tecnologias incorporadas também trazem resultados positivos. “Na agricultura tropical, o agricultor normalmente tem muito problema com praga e doença, mas a ciência evoluiu muito nos últimos anos. Hoje a gente tem produtos cada vez menos tóxicos ao meio ambiente, produtos que você utiliza cada vez menos ingredientes ativos. A gente sabe que em uma agricultura tropical a degradação destes defensivos no solo é muito rápida”. Com o uso de biopesticidas, biofertilizantes, bioinsumos e outras tecnologias, há a redução de defensivos agrícolas.
Outros benefícios são resistência a pragas e doenças, tolerância a herbicidas, maior tempo de prateleira de frutas e legumes, menor tempo para conseguir estabilidade genética, aumento da produtividade, uso de terras marginalizadas, melhoria da qualidade nutricional dos alimentos e muitos mais. O meio ambiente, o bolso do agricultor e a saúde agradecem.
Segurança em transgênicos
Não é à toa que o Brasil se destaca no mercado mundial de produção de alimentos. As pesquisas desenvolvidas no país, em universidades, institutos federais, Embrapa Cerrados e outros estabelecimentos de pesquisa dão subsídios à modernização do campo e ao aumento da produtividade com qualidade e segurança. Quando se fala em bioeconomia, fala-se também em ciência, tecnologia e inovação.
Respondendo a uma pergunta do professor Fabiano, condutor do evento, o engenheiro agrônomo declarou que muitas manifestações contrárias ao uso de transgênicos e declarações de economias europeias contra a produção brasileira têm cunho político-econômico, e não científico. “A gente sabe que existem interesses comerciais, que a agricultura brasileira é muito competitiva em nível mundial, e isso incomoda alguns mercados e a gente sabe que por trás de algumas organizações não governamentais existem financiamentos que visam este tipo de embate mercadológico”, explicou.
A grande discussão em torno do melhoramento genético está em torno dos riscos que podem surgir a partir das alterações. É importante estar claro que, para trabalhar com plantas transgênicas, é preciso estar em concordância com uma série de leis referentes à Biossegurança. Organismos geneticamente modificados têm que passar por diversos testes para garantir a segurança ambiental e a alimentar.
Segundo o engenheiro agrônomo, deve-se “tomar um conjunto de medidas para que evite ao máximo ou que reduza o fluxo gênico, que é a possibilidade de que aquele gene inserido via transformação genética passe para outras espécies silvestres e influencie, de alguma forma, o processo evolutivo destas espécies”. Além disso, para registro das plantas, é preciso evitar a interferência a organismos não alvo, analisar os registros de plantas transgênicas, verificar se o interesse é apenas comercial, fazer testes alergênicos, analisar se ela terá os mesmos nutrientes, entre outras ações.
“Não tem dúvidas de que os organismos geneticamente modificados têm benefícios para produtores, consumidores e meio ambiente”, declarou Fábio. Redução de agrotóxicos, de ingredientes ativos e do uso de combustível são apenas alguns deles. “A agricultura tropical brasileira é motivo de orgulho para o brasileiro, porque é uma agricultura baseada numa ciência essencialmente brasileira”, disse Fabio e, concluindo, afirmou que “não faz mais sentido aquelas campanhas contra os transgênicos, contra a biotecnologia, que eram feitas no início dos anos 2000. A biodiversidade é a essência da agricultura brasileira e do mundo”.
Assista à palestra "Biotecnologia e Bioeconomia no Contexto do Agronegócio".
Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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