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Bons exemplos

Casal de empreendedores sociais aposta na transformação do mundo

Eles viajam pelo Brasil buscando bons exemplos para divulgá-los e assim estimular novos projetos

  • Publicado: Sexta, 26 de Abril de 2019, 23h05
  • Última atualização em Sábado, 18 de Maio de 2019, 00h21
Iara e Eduardo na palestra que busca sensibilizar o público para a ação
Iara e Eduardo na palestra que busca sensibilizar o público para a ação

Na busca pelo sentido da vida, o casal mineiro Iara e Eduardo Xavier descobriram que “o sentido da vida é fazer sentido em outras vidas.” E para isso percorreram um longo caminho: mais de 1 milhão de quilômetros Brasil afora, em mais de 3 mil dias de expedição. Tudo isso para encontrar o que chamam de bons exemplos.

O casal contou sua experiência em palestra realizada hoje, 26, no Teatro do IFG, Câmpus Goiânia. Numa promoção da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional em parceria com o câmpus, o encontro contou com a participação de alunos e servidores da Instituição e também da comunidade externa.

A experiência dos dois é, verdadeiramente, de transformação. Iara e Eduardo, casados, administradores de empresa, preocupados com o mundo nesse início do século 21, começaram a questionar também suas próprias vidas e chegaram à conclusão de que as preocupações individuais e o acúmulo de bens não poderiam dar a realização desejada.

Uma segunda pergunta foi igualmente determinante para a guinada que deram: tanta coisa ruim acontecendo significava que o mundo está acabando? Como a resposta era negativa veio uma outra: o que podemos fazer para transformar o mundo?

Foi assim que o casal decidiu vender tudo o que tinha, comprar um carro que pudesse servir ao mesmo tempo de meio de transporte e moradia e sair pelo Brasil procurando bons exemplos. Mas não bastava conhecê-los; era preciso também difundi-los e com isso inspirar mais e mais pessoas a também agir pela transformação.

Inicialmente, o projeto das expedições de caça aos bons exemplos tinha data para começar e para terminar. Em 2011, eles iniciaram as viagens que, pelos planos iniciais, terminariam em 2015. Mas não. O que era um projeto virou uma missão de vida. “Muitas pessoas que encontramos nos pediram para que nunca parássemos”, disseram na palestra de hoje.

Eles contaram algumas experiências que conheceram nesses anos e também suas próprias experiências, que acabaram impulsionando-os a não parar. Eles conheceram e ajudaram a divulgar mais de 1,7 mil projetos sociais e, por meio deles, muitos desses projetos foram impulsionados com ajuda financeira de doadores, intermediada pelo casal.

Fazer o melhor

“Não aceitamos doações em dinheiro para nós mesmos e sempre que alguém quer nos ajudar, recomendamos que ajude alguém que está próximo”, disse Iara. Segundo ela, a frase de Mahatma Gandhi que disse “seja você a mudança que quer ver no mundo”, deve fazer parte da vida das pessoas. “O que cada um está fazendo para mudar o mundo”, perguntou à plateia.

Iara disse que a maioria das pessoas está sempre dando desculpas para não agir em favor das outras pessoas que estão em seu caminho. Por isso, ela e o marido colocaram-se alguns objetivos: ajudar as pessoas a mudar o olhar (sobre o mundo), inspirar as pessoas (com a difusão dos bons exemplos), conectar quem precisa com quem pode ajudar e valorizar quem está agindo para as transformações necessárias.

Segundo ela, existem três tipos de solidariedade a ser praticada: a doação, o envolvimento com projeto sociais e os negócios de impacto social que, afirma, são os mais transformadores. “Nós não devemos fazer um pouquinho; devemos fazer o nosso melhor e o que podemos fazer de melhor é o nosso próprio trabalho”, sugeriu.

Isso depois de contar a história de uma senhorinha analfabeta que ajudou na alfabetização de crianças da cidade de Araçuaí com seus biscoitos “escrividos”. Na hora de espremê-los, ela fazia desenhos que pareciam as letras e o educador Tião Rocha soube aproveitar a delícia para duas finalidades: alfabetizar as crianças e alimentá-las.

Iara e Eduardo tornaram-se empreendedores sociais e vivem do que chamam economia solidária e colaborativa. Não cobram pelas palestras que dão, mas sempre um apoiador compra o livro que escreveram para ser distribuído gratuitamente ao público. No caso da palestra de hoje, o apoiador foi o Sicred. Eduardo disse que eles vivem com muito pouco, porque só têm aquilo que podem carregar. E sempre tem alguém para oferecer o hotel, a comida, o combustível etc.

Neste ano, eles vão percorrer novamente todas as capitais brasileiras e em todas elas fazer palestras nos Institutos Federais, numa parceria firmada depois de uma participação do casal num encontro nacional de gestores de recursos humanos. Goiás é o quinto estado visitado. De Goiânia, eles vão (de avião) para Santa Maria (RS), retornam para Goiânia e pegam o carro para seguir para Brasília.


Diretoria de Comunicação Social/ Reitoria.

 

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