Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate - Tradução do site

ptenfrdeitesth

Opções de acessibilidade

Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Estudo denuncia impactos causados ao Ribeirão Anicuns
Início do conteúdo da página

Estudo denuncia impactos causados ao Ribeirão Anicuns

Publicado: Sexta, 10 de Fevereiro de 2017, 16h58 | Última atualização em Quarta, 03 de Maio de 2017, 13h05
Imagem aérea do Ribeirão Anicuns

Quais os impactos do crescimento urbano de Goiânia em uma das principais bacias hidrográficas da região? Essa foi a questão que moveu as alunas, Gisele Andreia Rodrigues da Silva e Eliete Gonçalves da Silva, do curso de tecnologia em Geoprocessamento do IFG – Câmpus Goiânia. Orientadas pelos professores do câmpus João Paulo Magna Júnior e Giovanni Araújo Boggione, elas utilizaram imagens de satélites e as associaram a técnicas de geoprocessamento para analisarem o crescimento da capital. No estudo, descobriram que a expansão urbana tem atingido áreas de preservação e, desta forma, impactado o Ribeirão Anicuns, um dos maiores cursos d'água de Goiânia.

O ribeirão e o seu afluente, o Córrego Macambira, são responsáveis por drenar aproximadamente 70% da área urbana da região metropolitana. De acordo com as alunas que conduziram a pesquisa, 53% da Área de Preservação Permanente (APP) do Ribeirão Anicuns encontra-se ocupada por edificações. Elas apontam que isso equivale a cerca de 192,487 hectares de área, que deveria estar protegida para garantir a saúde da bacia hidrográfica.

A região a qual o estudo se refere compreende os bairros Aeroviário, Rodoviário, Goiá Setor Veloso, Jardim Botânico, Goiá, Goiá 2, Goiá 4, Cidade Jardim, Nossa Senhora de Fátima, Recreio dos Funcionários Públicos, Capuava e São Francisco, além de 338 locais entre glebas, chácaras, conjuntos habitacionais, vilas e sítios.

Impactos Negativos


Para detectar a gravidade do problema, as pesquisadoras utilizaram técnicas de processamento digital de imagens e de sistemas de informações geográficas. O professor João Paulo Magna Júnior explica que esse procedimento permite o tratamento de imagens e sua viabilização para fins de mapeamento. “Posteriormente, são possíveis análises espaciais para a identificação de ocupações em áreas de risco ou de preservação, dentre outras análises”, completa.

No estudo, as alunas conseguiram observar que as ocupações por prédios e outros tipos de construções nas áreas de preservação aumentam o risco de enchentes, desmoronamentos e assoreamento, diminuem a permeabilidade do solo e provocam perda da vegetação. Acrescido a isso, ainda tem o maior volume de lançamento de esgoto e resíduos industriais.

Estudantes e professores realizam pesquisa sobre impactos no Ribeirão Anicuns.
Estudantes e professores realizam pesquisa sobre
impactos no Ribeirão Anicuns.

O resultado da pesquisa reforça dados da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), que classifica o Ribeirão Anicuns como o mais poluído de todos os rios que cortam Goiânia. Segundo o órgão, ao todo, são 85 cursos d’água poluídos ou contaminados, que sofrem com questões como: edificações em áreas de preservação, processos erosivos, lançamento indevido de esgoto, deposição de entulhos e lixo ao longo dos vales.

Segundo o professor João Paulo, o objetivo da pesquisa é “apontar uma questão séria e que tem impactos não apenas ambientais, mas também sociais e na segurança das pessoas que ali vivem, uma vez que são regiões com risco de enchentes e desabamentos”. Para ele, os resultados detalhados do estudo contribuem com a identificação de um problema que merece políticas públicas, tanto do Município, quanto do Estado.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

 

Matéria publicada em 25.1.2017

 

 

Fim do conteúdo da página