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EVENTO

III Semana de Letras e II Ciclo de Debates abordam temáticas sobre linguística e literatura

Publicado: Quarta, 12 de Junho de 2019, 19h04 | Última atualização em Segunda, 24 de Junho de 2019, 12h24

Programação do evento vai até sexta-feira, dia 14, no Câmpus Goiânia do IFG

Professora Vera Maria Tieztmann falou sobre mitologia grega e literatura infantil
Professora Vera Maria Tieztmann falou sobre mitologia grega e literatura infantil

Começou nesta quarta-feira, 12 de junho, a III Semana de Letras do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). O evento, organizado pela Coordenação da Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e pela Coordenação de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias do câmpus, reúne estudantes e pesquisadores da área para troca de informações e experiências. A programação vai até o dia 14 de junho.

Para iniciar as atividades, a professora Vera Maria Tietzmann, da Universidade Federal de Goiás (UFG), ministrou a palestra Decifra-me ou eu te devoro: o mito grego na sala de aula. A docente abordou como expressões e palavras, empregadas em nosso cotidiano, tiveram sua origem em histórias da mitologia grega, como “calcanhar de Aquiles”, utilizada para falar sobre ponto fraco. A expressão veio da lenda grega de Aquiles, filho do rei Peleu e da deusa Tétis, que foi flechado no calcanhar por Páris. Este tinha conhecimento que a única região vulnerável do corpo de Aquiles era o calcanhar, uma vez que foi por onde Tétis segurou o filho para banhá-lo nas águas do rio Estige, situação em que quase todo o corpo de Aquiles tornou-se invulnerável.

O tema da palestra refere-se ao livro escrito por Vera Tietzmann. Para ela, “os mitos empregam nas nossas vidas os nossos interesses e, às vezes, de forma bem sutil”. Além de comentar sobre a influência da mitologia grega na Língua Portuguesa, a docente dividiu sua experiência frente a disciplina de Literatura Infantil na UFG, que rendeu a obra Literatura Infantil Brasileira, com a qual ganhou o prêmio Jabuti. Devido a sua relevância sobre o tema, o livro foi disponibilizado a escolas públicas em todo o Brasil, por meio do Ministério da Educação.

Estudantes e pesquisadores lotaram o auditório Demartin Bizerra na abertura do evento
Estudantes e pesquisadores lotaram o auditório Demartin Bizerra na abertura do evento

 

Com o encerramento da palestra de Tietzmann, o público teve a oportunidade de participar da mesa-redonda Discurso e Literatura: enfrentando crises cotidianas, com os professores Antônio Fernandes Júnior e Grenissa Bonvino Stafuzza, ambos do Câmpus Catalão da UFG, e a professora do Câmpus Urutaí do IF Goiano, Leonice de Andrade.

Para a Coordenação do Licenciatura em Letras do Câmpus Goiânia, o evento é um momento de dar voz e vez para as várias áreas que circundam os estudos realizados em linguística e literatura. A programação conta ainda com apresentações de pesquisas realizadas pelos alunos em suas experiências com o estágio, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e Residência Pedagógica. “E para além das discussões, temos ainda roda de conversa, lançamento de livro e feira de troca de afetos, sabores e saberes pensados como momentos para além da sala de aula ou do espaço formal de ensino e de aprendizagem”, acrescenta a professora Paula Franssinetti de Morais Dantas, coordenadora da Licenciatura em Letras.

Confira a programação completa do evento.

Literatura

Para encerrar a programação do dia 12 de junho, a Semana de Letras do IFG realizou o lançamento da terceira edição da obra Memórias Literárias. O livro apresenta relatos dos estudantes do primeiro período da Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa do Câmpus Goiânia sobre seus primeiros contatos com a literatura, seja ela escrita ou oral. A iniciativa parte da professora Micheline Madureira Lage, da disciplina de Literatura Infantil e Juvenil.



Professora Micheline Lage ao lado das autoras do livro "Memórias Literárias", 3ª edição

 

Para Micheline, a obra é uma forma de resgatar as lembranças dos estudantes no mundo literário e dar voz aos futuros docentes. “Ele (aluno) se sente importante por poder escrever. Eu me preocupo muito com a voz do aluno. A academia se pauta nos teóricos, nos críticos. Então, há de se ter um cuidado para não solapar sua voz. E como essa memória é uma escrita artística (e não acadêmica), ele tem liberdade de escrever a história dele, da forma como ele quiser, com os ajustes necessários”, explica.

Segundo a professora, os textos que compõem o livro Memórias Literárias vão ao encontro do que revela a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro. Dentre os pontos lembrados pela docente está a influência forte da figura feminina na formação do leitor. “Muitos alunos alegam que a mãe foi pedagoga, era professora. A avó que tomava conta deles e aproveitava e contava histórias”, exemplifica. “Alguns relatos (do livro) mostram também o descaso da educação pública com o livro, com a biblioteca. Também há relatos de professoras empenhadas em fazer da leitura um processo ativo, de pais que não tiveram a chance da escolarização, mas têm sempre uma história de pescaria”, continua Micheline.

Além de escreverem suas memórias literárias, os estudantes que participam do projeto do livro têm a oportunidade de conhecer o acervo de Literatura Infanto Juvenil pertencente à Biblioteca do Câmpus Goiânia. Eles participam de visitas guiadas pela bibliotecária Lana Cristina Dias Oliveira. Por meio dessa atividade, os alunos da Licenciatura em Letras adquirem repertório para atuar como contadores de histórias em instituições como creches, escolas, hospitais e asilos, tornando-se mediadores de novas memórias literárias.

Saiba mais sobre o projeto do livro Memórias Literárias.

 

Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.

 

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