Candidatos apresentam suas ideias sobre gestão, continuidade e mudanças no câmpus
No próximo dia 18 de junho, quarta-feira, servidores e estudantes do Instituto Federal de Goiás (IFG) vão eleger o futuro Diretor-Geral do câmpus Cidade de Goiás
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O IFG -câmpus Cidade de Goiás tem como candidatos para Direção-Geral: Diogo Souza Pinto, professor da área de agroecologia, e Stênio Gonçalves de Oliveira, professor de Física.
As eleições para a Direção-Geral e para a Reitoria ocorrem na quarta-feira, dia 18/06, das 09h às 21h, de maneira ininterrupta. Os eleitores devem usar as credenciais do IFG-ID (mesmo login e senha do SUAP, Q-acadêmico e Moodle) para identificação e registro dos votos.
Em entrevista abaixo, os dois falaram de suas motivações para a candidatura, seus históricos na Instituição e os planos sobre aquilo que deve continuar e o que deve ser melhorado e criado no câmpus. As perguntas foram enviadas por e-mail e respondidas por escrito. As respostas estão em ordem alfabética.
O que motiva sua candidatura?
Diogo
Minha motivação está na trajetória que construí desde que entrei neste campus. Me envolvendo com todas as dimensões do ensino, pesquisa e extensão. Assim como integrando projetos com outros técnicos, docentes e estudantes dos cursos do eixo de Produção Cultural. Por ser ex-aluno de um Instituto Federal eu compreendo que podemos ir muito mais do que ofertamos. Na nossa relação com outros campi, outras instituições o poder público para construção de parcerias e captação de recursos para que possamos desenvolver ações que cuidem das pessoas que vivem, estudam e trabalham neste campus, promovendo o bem estar com foco na saúde mental e atividades de esporte, arte, cultura e lazer.
Stênio
Minha principal motivação é a de um professor que deseja consolidar o IFG – Câmpus Cidade de Goiás como uma instituição de educação de qualidade para a sociedade vilaboense e para seu entorno. Acredito que essa é a melhor forma de contribuir com a cidade que me acolheu desde 2012 e que confiou a mim a educação de seus filhos e filhas.
Qual é o papel central da direção-geral na sua concepção?
Diogo
O principal papel é a organização e planejamento das atividades para a integração entre as coordenações, setores e estudantes e a promoção da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Isto só é possível com um projeto sólido, estratégico e participativo, algo que venho construindo ao longo desses anos de experiência e diálogo com outros colegas, estudantes e o poder público. A representação institucional, neste sentido, se fortalece com uma direção preocupada com a imagem institucional e com as relações do Campus com o território, o que atrai mais estudantes e possibilita ações estratégicas para garantir a permanência e êxito dos nossos estudantes.
Stênio
É garantir a qualidade dos serviços que o IFG presta à comunidade: o ensino, a pesquisa e a extensão. Esse papel se concretiza na organização dos trabalhos internos, na apresentação do IFG à sociedade e na representação da nossa instituição nas mais diversas situações e conjunturas. Não se pode conceber uma Direção sem diálogo e sem um trabalho estreito com os(as) estudantes, os(as) servidores(as) e a comunidade local.
O que vai bem em nosso câmpus e deve continuar?
Diogo
Nosso câmpus tem excelentes profissionais técnicos e docentes que formaram nesses anos mais de 10 turmas de cada curso que hoje contribuem para o desenvolvimento do território. O ensino no câmpus, apesar de não ter toda a estrutura necessária, tem conseguido se fortalecer através das atividades de visitas técnicas, participação de eventos e a integração com outras instituições e parcerias com a prefeitura e empresas. O câmpus tem possibilitado à comunidade o uso da quadra para prática de esportes e os equipamentos dos laboratórios para atividades culturais na cidade de Goiás. A pesquisa tem apresentado resultados para as comunidades e a parceria com empresas possibilitado a inserção no mundo do trabalho.
Stênio
Nosso câmpus obteve êxito ao se constituir como um espaço diverso, democrático, acessível e respeitoso. Essa característica deve ser preservada, pois é uma marca da nossa atuação. A construção de um quadro de servidores altamente qualificados em suas áreas, com sólida formação pedagógica e comprometidos com o acompanhamento dos(as) estudantes, é um dos pilares do IFG e será ainda mais fortalecido.
O que não vai bem e precisa mudar?
Diogo
Ainda não possuímos documentos importantes para o planejamento de atuação, como o Plano Local de Extensão e o Plano Diretor. O que faz com que as nossas ações não sejam orgânicas e articuladas para promover uma melhor imagem do IFG para a comunidade. Vivemos uma situação de insegurança alimentar, incluindo estudantes e servidores que trabalham neste câmpus não têm acesso à alimentos de qualidade. Isso também demanda a criação de uma política interna de promoção da saúde com vistas a melhorar nossas condições de trabalho e estudo e um ambiente de bem-estar. A falta de transporte para estudantes, falta de uma política séria de moradia e ações que complementam a assistência estudantil.
Stênio
Não se trata, exatamente, de algo que “não vai bem”, mas de reconhecer que determinadas mudanças são parte do processo natural e necessário de renovação – um elemento próprio de regimes democráticos e de alternância. É hora, portanto, de reavaliarmos nossas ações e orientações em diversas dimensões: pedagógica, administrativa e política. Não se trata de reinventar o IFG, mas de otimizar nossos esforços em prol de maior qualidade e eficiência nos serviços prestados à sociedade.
Como realizar as mudanças necessárias?
Diogo
O planejamento participativo é uma forma de dialogar entre os setores do campus e construir ações integradas com objetivos definidos para o trabalho colaborativo. O respeito a cada coordenação, servidor técnico administrativo, docente e trabalhador terceirizado, com escuta ativa, prevenção de assédios e mediação para construção de um ambiente de trabalho saudável e acessível. A construção de projetos sólidos e articulados com parcerias, para a captação de recursos por meio de emendas, TED´s e Editais que possam estruturar o campus e promover ações com a comunidade e trazer bolsas para estudantes e servidores desenvolverem projetos de ensino, pesquisa e extensão.
Stênio
Com diálogo, estudo, planejamento e determinação na execução. A gestão não deve se fundamentar em promessas vazias, mas na consciência crítica acerca do ambiente social, cultural e administrativo em que está inserida. É com base no conhecimento e na objetividade que se deve pautar a condução dos trabalhos coletivos. Executar melhorias não é simples – e se torna ainda mais difícil quando não há clareza de propósitos e fundamento técnico.
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