IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher

Campanha institucional propõe reflexão sobre situações relacionadas a assédio

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Publicado: Sexta, 02 de Agosto de 2019, 12h38 | Última atualização em Quinta, 08 de Agosto de 2019, 11h54

Ações de combate ao fumo no ambiente escolar também fazem parte da iniciativa, tendo em vista o bem-estar da comunidade acadêmica

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O Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás retomou suas atividades letivas na última quinta-feira, 1º de agosto. Quem ingressou agora ou retornou à unidade pôde perceber várias mensagens afixadas nos banheiros e em outros locais do prédio com dizeres que buscam despertar a atenção para comportamentos e falas que se configuram como assédio moral ou sexual. A iniciativa faz parte da campanha IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher e tem o objetivo de sensibilizar e conscientizar estudantes e servidores (docentes e técnico-administrativos) sobre os tipos de assédio no ambiente escolar.

A ação é coordenada por comissão criada em setembro do ano passado, formada por representantes das Coordenações de Apoio Pedagógico ao Discente, de Assistência ao Servidor, de Comunicação Social, de Eventos, de Manutenção Predial (da Gerência de Apoio Acadêmico e Assuntos Estudantis – GAAAE) e pela Diretoria-Geral do Câmpus Goiânia. A iniciativa visa atender manifestações de alunos e servidores da unidade, no intuito de melhorar as relações interpessoais na Instituição.

A aluna do curso técnico integrado em Eletrotécnica, Ihara Martins, observou as plaquinhas com as frases no banheiro e disse que gerou impacto. “É importante, porque muitos sofrem com isso e não falam nada por medo. Isso ajuda, porque, se alguém ficar sabendo (do caso de assédio), pode ajudar aquele que está sofrendo”, completa. Julia Slobodeicov, do técnico integrado em Controle Ambiental, acredita que os posts disponibilizados pelo câmpus são relevantes para levantar o debate. “É uma boa iniciativa, para que a pessoa veja que isso (os dizeres e colocações assediadoras) está errado. Isso é somente o começo”, acrescentou. Athur Ferreira, do integrado em Eletrotécnica, também afirma que os dizeres afixados são positivos para gerar a reflexão. “Parar ler e pensar que essa forma de agir não está legal”, finaliza.

Para a assistente de alunos e membro da comissão da campanha, Paula Adornelas, o propósito é exatamente despertar a reflexão, tanto de quem pratica quanto para quem sofre, para algumas atitudes inadequadas e que não são percebidas dessa forma. “Às vezes está tão naturalizado e a pessoa não vê que pode soar machista, por exemplo. A ideia é desnaturalizar e deixar claro que não é normal falar isso”, explica.

O assunto foi abordado junto a alunos e servidores durante roda de conversa realizada no mês de junho no câmpus. Membros da comissão despertaram o debate sobre situações que se configuram como assédio moral (gestos, palavras, comportamentos de natureza psicológica que expõem as pessoas a circunstâncias humilhantes e constrangedoras) e como assédio sexual (constrangimento de alguém, seja por palavras, gestos ou atos, com a finalidade de obter vantagem ou favorecimento sexual).

Para a comissão, alguns hábitos e costumes que estão arraigados na sociedade e aparentemente considerados normais expressam um comportamento agressivo e discriminatório, configurando assédio e que prejudicam as relações no ambiente escolar. A ideia da campanha é despertar a conscientização sobre isso e evitar que tais atitudes gerem conflitos e deterioração nas relações de aluno para aluno, servidor para servidor e também de servidor para aluno (e vice-versa).

O intuito de espalhar os posts com os dizeres que às vezes são normalmente falados mas que acabam ofendendo e levando as pessoas a uma situação de constrangimento é estimular a reflexão, a autocrítica e o exercício de se colocar no lugar do outro contribuindo, assim, para o respeito e acolhimento da comunidade acadêmica plural do Câmpus Goiânia. Conforme passado durante a roda de conversa do mês de junho, alunos e servidores poderão buscar o auxílio das equipes das Coordenações de Apoio Pedagógico ao Discente dos Departamentos Acadêmicos, Coordenação de Assistência Estudantil e da Coordenação de Assistência ao servidor para mais esclarecimentos sobre o que fazer em casos de assédio no ambiente escolar. 

É proibido fumar

Além da conscientização sobre o assédio moral e assédio sexual na Instituição, a campanha IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher reforça a abordagem de combate ao fumo nas dependências do Câmpus Goiânia. Pela Lei nº 12.546 de 2011, é proibido fumar ou usar qualquer produto que produza fumaça em locais de uso coletivo, como escolas e universidades. A restrição também está contemplada no artigo 5º da Resolução do IFG nº 27 de 11 de agosto de 2014.

A sensibilização junto à comunidade acadêmica tem ocorrido com rodas de conversas e palestras, realizadas durante as últimas edições da Semana de Educação, Ciência, Tecnologia e Cultura (Secitec) e o assunto tem sido abordado durante reuniões com a Diretoria-Geral. Resultado disso foi a criação da Comissão responsável por viabilizar as ações da campanha IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher.

Acrescido ao debate sobre os malefícios físicos e sociais provocados pelo uso do tabaco, a Instituição disponibilizou, desde o início de 2019, cartazes nos murais e locais de grande fluxo no câmpus da campanha alertando sobre a restrição do fumo em ambiente escolar e realizou também abordagens no pátio e escutas aos fumantes.

Agora, a campanha segue para uma próxima fase, quando serão realizados encaminhamentos às unidades de auxílio entre outras ações esclarecidas no Memorando Circular nº 16/2019 da Diretoria-Geral.


Para saber mais sobre as ações, basta acessar a página da campanha IFG: Respeitar, Cuidar e Acolher.

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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.