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palestra

Comunidade acadêmica participa de ciclo de palestras sobre bullying escolar

Publicado: Sexta, 20 de Abril de 2018, 11h56 | Última atualização em Terça, 04 de Janeiro de 2022, 13h50

Ação de conscientização que começou ontem, 19, termina hoje, 20, com seis palestras ministradas

 

Alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio do Câmpus Uruaçu participam hoje, 20, de palestras sobre o Bullying Escolar, promovidas pela Coordenação de Apoio Pedagógico ao Discente (CAPD). As palestras são ministradas pelo professor de educação física do Câmpus Goiânia, Murilo de Camargo Wascheck, que desenvolve pesquisa a acerca do tema.

Segundo o professor, "bullying é a atitude violenta e intencional que visa causar dor física ou psicológica e é direcionada a pessoas e grupos específicos". Outra característica importante deste modo de agressão é a sua recorrência. "Se eu esbarro no colega uma vez só, caracteriza outro tipo de incidente ou mesmo uma brincadeira, faço isso frequentemente e com intenção de machucar de alguma maneira, pare, porque isso é bullying", explana Wascheck.

Um dos principais fatores que influenciam a ocorrência do bullying escolar é o preconceito. Wascheck aponta que "onde não há preconceito não há espaço para o bullying" e destaca que todos os indivíduos têm alguma forma de preconceito. "A questão é como nós conseguimos administrar o que sentimos e não permitimos isso se tornar uma forma de violência", ele explica.

O professor complementa que é comum o agressor se identificar de alguma forma com a vítima. "Muitas vezes quem pratica o bullying quer ser igual à  vítima, como o aluno que não consegue ter o rendimento do colega que tira boas notas e o agride por isso", comenta.

 

O ambiente escolar

O Ciclo de Palestras sobre Bullying Escolar teve início na noite de ontem, 19, com palestra ministrada para os alunos dos cursos superiores, EJA e os pais de alunos dos cursos técnicos integrados. De acordo com a psicóloga e integrante da CAPD, Cinthyia Oliveira Sousa, a ação procura "conscientizar alunos, pais e professores da necessidade de prevenir e combater o bullying escolar".

Cynthia explana que a violência praticada no ambiente escolar prejudica a aprendizagem e tem consequências psicológicas sérias. "A desmotivação para estudar é uma delas, comprometendo o rendimento escolar do aluno e aumentando o número de faltas, por exemplo", aponta a psicóloga. Segundo ela, o bullying também afeta negativamente a autoestima das vítimas, causando isolamento e pode levar, em casos extremos, ao suicídio.

Wascheck aponta que cada pessoa reage de maneira diferente em relação a dor, seja ela física ou psicológica, e que os níveis de tolerância são diferentes e subjetivos. "A dor depende de quem sente, e não de quem emite a agressão", frisa o pesquisador ao levantar a questão do mérito da dor de um ou de outro.

"Ouvimos de algumas pessoas mais velhas que antigamente não tinha bullying. Mas existia sim", enfatiza Wascheck. Para o professor, o Brasil passou por uma revolução educacional nos últimos 20 anos, que facilitou o acesso à educação e aumentou drasticamente o número de escolas. "Anteriormente não havia tantas escolas como nós temos hoje, a escola tinha uma violência velada", argumenta.

Além da vítima e do agressor, o palestrante chama a atenção para um terceiro ator nos casos de bullying escolar - o espectador. Segundo Wascheck, este funciona como uma parede que vela os atos de violência ou age como incitador das agressões, na maioria dos casos. "Nós não podemos ser coniventes ou omissos com o agressor", aconselha o pesquisador, e lembra que o bullying é crime e a cumplicidade também é caracterizada como bullying.

 

Coordenação de Comunicação Social/Cãmpus Uruaçu.

 

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