Egressa do IFG Câmpus Luziânia participa de expedição científica no Ártico
Thaíssa Mendes, ex-aluna do curso técnico integrado em Química, vive sua primeira experiência internacional como pesquisadora em campo

A estudante universitária Thaíssa Mendes, egressa do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Luziânia, está vivenciando um dos capítulos mais marcantes de sua trajetória acadêmica: ela integra uma expedição científica no Ártico, promovida pela Universidade Católica de Brasília (UCB), onde cursa Farmácia.
A viagem, iniciada no dia 26 de julho e com retorno previsto para 8 de agosto, marca a primeira experiência internacional da jovem e também a sua primeira vez viajando de avião. Tudo isso em nome da ciência!
A seguir, Thaíssa compartilha, com exclusividade, um pouco da emoção de viver essa jornada, fala sobre sua atuação no projeto de pesquisa, relembra os tempos de IFG e deixa um recado inspirador para quem sonha em trilhar um caminho transformador nos estudos.
Como foi receber a notícia de que integraria uma expedição científica ao Ártico?
Para mim foi uma surpresa. Não esperava receber essa oportunidade, principalmente sabendo que já estava no último ano da faculdade e que se não houvesse oportunidade naquele momento, muito provavelmente eu não iria ter essa experiência. Então, fiquei muito feliz e animada! Além de muito grata!
Sabemos que esta é sua primeira viagem de avião e também a primeira vez fora do Brasil. O que está sentindo por realizar esses sonhos?
Me sinto muito feliz e grata! Pensei que ficaria muito nervosa, mas fiquei super tranquila. Foram vários voos de conexões até chegarmos ao destino final. Foi bastante cansativo para mim, mas foi bastante interessante vivenciar isso tudo, mesmo sem ter tido tempo suficiente para conhecer os lugares das conexões. Ter essas experiências ampliou muito a minha visão de mundo e me fez perceber que há muito mais a descobrir, tanto na ciência quanto na vida.
Como é o seu trabalho no Briotech e de que forma ele se conecta com essa expedição?
No Briotech, trabalho com o cultivo in vitro de algumas espécies de musgos, com o objetivo de obter biomassa suficiente para extração e sequenciamento genômico, entre outras aplicações científicas. Os musgos são plantas que apresentam uma resistência impressionante a condições ambientais extremas, o que desperta grande interesse por suas possíveis aplicações biotecnológicas, como a presença de compostos com atividade farmacológica. Então, meus estudos no laboratório estão ligados intimamente com a viagem. Estamos coletando o material no ambiente natural para trazê-los ao laboratório e cultivá-los em condições controladas, dando continuidade nos nossos estudos.
Quais são suas expectativas com essa expedição? O que espera aprender e vivenciar no Ártico?
Como já estou na viagem, posso dizer que minhas expectativas estão sendo alcançadas. Esperava aprender muito sobre a experiência de campo, na coleta de material e processamento prévio, conhecer um pouco dos costumes e cultura do país e etc. Todas essas vivências ampliaram minha visão científica e cultural, e me mostraram o quanto a ciência pode nos levar longe, tanto no sentido literal quanto simbólico.
O que mais te motiva na área da pesquisa científica? Você se imaginava trilhando esse caminho quando estudava no IFG?
O que mais me motiva na pesquisa científica é ter a chance de descobrir algo novo e contribuir, mesmo que de forma pequena, para o avanço da ciência. Quando estava no IFG, eu não imaginava trilhar esse caminho. Nem mesmo acreditava que conseguiria entrar na universidade logo após o ensino médio. Mas tentei, consegui uma bolsa e entrei. E agora estou aqui, fazendo parte de uma expedição científica fora do país e trabalhando com musgos. Sempre tive o sonho de viver experiências incríveis e fazer ciência, mas nunca imaginei que seria assim. A vida me surpreendeu de uma forma inesquecível!
De que forma sua experiência no IFG Câmpus Luziânia contribuiu para o que está vivendo hoje?
O IFG possibilita aos estudantes vivenciar a iniciação científica ainda no ensino médio, e isso abre portas para muitas possibilidades. Estudar no IFG e ter professores que também são pesquisadores com certeza aumentou ainda mais o interesse que eu já tinha pela ciência. Tive a oportunidade de fazer iniciação científica enquanto estive na instituição, mesmo que, na época, o projeto não fosse exatamente o que eu gostaria de fazer, devido ao cenário pandêmico que estávamos vivenciando na época. Mas, ainda assim eu participei, e isso despertou em mim o desejo de continuar na pesquisa durante a graduação, e foi o que aconteceu. Além disso, o IFG tornou o contato com professores pesquisadores mais acessível e viável, e também me mostrou que é possível fazer ciência ainda no ensino médio. Isso com certeza contribuiu muito para o que estou vivendo hoje, por ter aguçado ainda mais os meus interesses.
Que mensagem você deixa para os estudantes do IFG que sonham com um futuro acadêmico ou profissional transformador como o seu?
A mensagem que eu deixo é: É possível! Não se limitem!
Muitas vezes nos limitamos ao lugar onde estamos, mas o mundo é muito imenso e cheio de coisas novas para experimentarmos. E mesmo diante de dificuldades foi possível para mim. Entreguei o meu melhor no que eu estava fazendo, me dediquei dentro das minhas possibilidades, tive uma das maiores médias da turma, me tornei bolsista de iniciação científica e consegui fazer minha primeira viagem internacional e de avião em prol da pesquisa científica e estou quase me formando. Isso não significa que todo mundo terá a mesma trajetória, mas posso dizer com certeza: no lugar certo, com dedicação e compromisso, você pode chegar a lugares que nem imagina.
*Fotos enviadas por Thaíssa Mendes.
Coordenação de Comunicação Social / Câmpus Luziânia.