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IFG colabora em plataforma de catálogo de plantas do Brasil

O professor do Câmpus Formosa, Marcos Augusto Schliewe, é um dos autores da revista online do projeto Flora do Brasil 2020, que inclui duas espécies de plantas descobertas pelo pesquisador

Página inicial do site Reflora, do Projeto Flora do Brasil 2020
Página inicial do site Reflora, do Projeto Flora do Brasil 2020

Participar da construção de um projeto grandioso, de nível nacional, é um grande feito. Já pensou então se você descobrisse duas espécies inéditas de plantas ainda não registradas no mundo científico? O professor do Câmpus Formosa do Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Augusto Schliewe, é um dos autores especialistas do projeto Flora do Brasil 2020, lançado oficialmente na última semana, pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, coordenador do projeto.

Dentre as 40 espécies descritas pelo professor no site do projeto – REFLORA - Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira –, está presente a Eriope complicata, encontrada em Formosa, em parte da região Norte de Goiás e no Distrito Federal.

Espécie Eriope complicata, que pode ser encontrada em Formosa, já está descrita no site do projeto Flora do Brasil 2020
Espécie Eriope complicata, que pode ser encontrada em Formosa,
já está descrita no site do projeto Flora do Brasil 2020

 

A erva de ocorrência local Eriope complicata é descrita no site Reflora como uma erva com haste pilosa, de raiz com xilopódio, possuindo flores da cor lilás. Além do Cerrado, ela pode ser encontrada em vegetações do tipo Campos de Altitude, Campos Limpos e ambientes rupestres.

“Só conservamos e valorizamos aquilo que conhecemos. Assim, uma plataforma que permite que qualquer cidadão possa conhecer mais sobre nossa flora é uma ferramenta importantíssima para as campanhas e projetos de educação ambiental” - professor Marcos Augusto Schliewe.

Descobertas

O convite para participar do projeto Flora do Brasil 2020 veio através do trabalho que o professor realizou para o doutorado, com 33 espécies, 1 subespécie e 7 variedades de plantas do gênero Eriope da família Lamiaceae, nativas e endêmicas do cerrado e campos rupestres goiano, mineiro e baiano. E o grande achado veio daí. Orientado e co-orientado pelos pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Dalva Graciano-Ribeiro, Maria Helena Rezende e Heleno Dias Ferreira, ele descobriu duas novas ervas no chão goiano, a Eriope paradise e a Eriope harleyi. Elas e as 38 plantas restantes do gênero Eriope, já podem ser encontradas no site do projeto Flora do Brasil 2020.

Apesar de as espécies novas serem parecidas por pertencerem ao gênero Eriope da família de plantas medicinais (Lamiaceae), elas se diferem em relação ao formato e outras características das folhas. A Eriope harley pode ser encontrada na região dos municípios de Cristalina e Campo Alegre de Goiás e a paradise, na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso.

Novas descobertas do professor Marcos Augusto Schliewe: espécies Eriope paradise e Eriope harleyi
             Novas descobertas do professor Marcos Augusto Schliewe: espécies Eriope harleyi e Eriope paradise

 

Flora do Brasil 2020

Devido à perda crescente de espécies de vegetais do planeta, foi instituída a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), na ECO-92, no Rio de Janeiro, com a participação do Brasil e de muitos outros países. Posteriormente, ações mais urgentes foram implementadas pelo CDB para proteger a vegetação do planeta, como a adoção da Estratégia Global para Conservação de Plantas, que estabeleceu metas para 2010 e as reformulou para 2020.

A primeira meta para 2010 era elaborar uma lista de espécies nacionais, e para 2020, um catálogo online de todas as plantas, fungos e algas do mundo. O Brasil atingiu a sua meta, publicando, em 2010, o Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil. Em 2015, o país deu início a outro projeto – o Flora do Brasil 2020 –, concluído no  ano passado, com a atualização do site Reflora, que abriga todas as 49.989 espécies nativas de plantas, algas e fungos brasileiros, localizados em determinados tipos de vegetação, Estados ou biomas.

A revista online tem no catálogo 6.320 espécies de fungos, 4.993 espécies de algas, 1.610 briófitas, 1.403 samambaias, 114 gimnospermas e 35.549 angiospermas. Com todo este quantitativo, o montante brasileiro equivale a 10% de todas as plantas terrestres do planeta conhecidas pela ciência. A Floresta Atlântica brasileira apresenta o maior número de espécies, com 17.150 exemplares, seguida pela Amazônia – 13.056 – e Cerrado – 12.829. No catálogo online, há informações mais detalhadas sobre todas as plantas existentes no Brasil. Além do nome e descrição, também constam imagens, forma de vida e substrato, abrangência geográfica, distribuição e vegetação.

Para realizar todo o trabalho de compilação de dados, participaram 979 taxonomistas, dentre os quais 854 são brasileiros. “Poder participar deste projeto, mesmo que de forma modesta, é gratificante, pois podemos demonstrar que ainda conhecemos pouco de nosso cerrado, bioma natural aqui de Goiás, e isso ficou evidenciado nos dados publicados. Precisamos de mais pesquisadores para estudar a biodiversidade do cerrado”, declarou Schliewe.

Ao todo, foram 224 instituições colaboradoras até o momento, representando 25 países, para a conclusão do Flora do Brasil 2020. Dez institutos federais participam do projeto, dentre eles o Instituto Federal de Goiás (IFG), com o especialista no gênero Eriope da família Lamiaceae, professor Marcos Augusto Schliewe, do Câmpus Formosa.

 

Ficou curioso?

Visite a revista online Reflora e conheça detalhes das espécies.

Acesse aqui o artigo do professor Marcos Augusto Schliewe, sobre a descoberta das duas novas espécies de plantas goianas, publicada no jornal mundial Phytotaxa.

 

Fotos: Marcos Augusto Schliewe

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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